Publiquei artigos acadêmicos em Revistas com as seguintes avaliações (estrato) no Qualis/Capes: A3; B3; B4, vejam abaixo.
"Deus e a felicidade em Epicuro" foi publicado pela Revista Vox Scripturae da Faculdade Luterana de Teologia - FLT em 2019.
Resumo:
Este artigo visa compreender o significado da frase: “θεοὶ μὲν γὰρ εἰσίν” – “Certamente os deuses existem” no contexto da chamada carta sobre a felicidade de Epicuro. E, para este fim, questionará a relação desse enunciado com o programa da “vida abençoada” do filósofo de Samos. Epicuro estava apresentando sua declaração de fé: Θεοὶ εἰσίν? Provavelmente não. Mas é verdade que ele usou linguagem teológica quando apresentou seu plano de felicidade. Por que ele faz isso? Esta é a pergunta que este artigo procurará responder.
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"O homem rico e Lázaro: uma leitura sob a perspectiva do contexto econômico e dos paralelos pagãos" foi publicado pela Revista Pesquisas em Teologia do Programa de Pós Graduação da PUC/RIO em 2020.
Resumo:
Na linguagem popular, a parábola é uma história contada com efeito comparativo, cujo objetivo é apresentar um ensinamento. Seu entendimento pressupõe que os ouvintes estejam dispostos a seguir as ideias do interlocutor, para que possam entender o ponto de semelhança entre a imagem e a coisa em si. Não há erro com esta definição. Mas ela pode transmitir a ideia de que a parábola é fácil de interpretar. Pelo contrário, é um dos gêneros literários mais difíceis de analisar. Suas conexões com a cultura popular e com ideias comumente difundidas em uma sociedade nem sempre são fáceis de descobrir. Além disso, também pode ser necessário considerar detalhes envolvendo a intertextualidade. Este artigo pretende analisar a passagem de Lc 16,19-31 sob a noção da intertextualidade Lucas / Atos. Além disso, destacará os contextos políticos e econômicos da época do autor e os paralelos dessa passagem em um conto egípcio do primeiro século; em uma história do Talmude Palestino e no trabalho de Luciano.
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"A interpretação dos particípios em 2 Tessalonicenses 2,6.7: uma proposta não identitária" foi publicado pela Revista Brasileira de Interpretação Bíblica do Programa de Pós Graduação da PUC/RIO em 2021.
Resumo:
A perícope 2Ts 2,1-17 é uma das passagens mais difíceis de interpretar no Novo Testamento. Seu grego é conhecido por ser irregular e impreciso: muitas frases elípticas, termos obscuros e giros linguísticos desconcertantes. Além disso, todo o assunto é apresentado de forma tão vaga que não é fácil esclarecê-lo. Neste artigo, serão investigados os contextos históricos, literários e textuais da perícope. Também serão analisadas algumas sentenças por estarem em conexão com as frases participiais. Finalmente, será sugerido que o autor de 2 Tessalonicenses não afirmou que a identificação de tais palavras podia ser conhecida por leitores de fora da comunidade dos destinatários originais. A chave para o entendimento do ensino escrito estava na reminiscência de um discurso oral. O intérprete moderno não tem essa chave.
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"O pecado de Sodoma: conexões, incidentes e o lugar da ideologia na interpretação de Gn 18,20 e 19,5" foi publicado pela Revista Pesquisas em Teologia do Programa de Pós Graduação da PUC/RIO em 2022.
Resumo:
A leitura de Gênesis 18,20 não deixa claro qual é o pecado de Sodoma. O texto hebraico diz apenas que a transgressão dos habitantes dessa cidade se agravou muito: “ְוחַטָּאתָם” – “vëchatåtåm” - “כָבְדָה” – “khåvëdåh” - “מְאֹד” – “mëod”. Mesmo a passagem de Gn 19,5 não dá pista de um pecado específico: nessa passagem parece mais evidente que os sodomitas estão violando os cânones normais da hospitalidade. Mas, então por que o imaginário popular e alguns intérpretes identificam o pecado de Sodoma com a homossexualidade? Esta pesquisa vai demonstrar que uma série de fatores levou a esse tipo de interpretação. Primeiro foi entendido que Gn 19,5 dava uma indicação da orientação sexual dos habitantes de Sodoma; em seguida as passagens de Levítico 18,22 e 20,13 foram evocadas para regular essa opinião; o passo seguinte foi estabelecer uma conexão de Gn 18,20 e 19,5 com os comentários de Paulo em Romanos 1 nos quais se associou o pecado de Sodoma ao sexo homossexual. Essa conexão foi sustentada por Agostinho e também pelo autor da “Visio Sancti Pauli”. A junção desses fatores foi o catalisador para as tradições posteriores nas quais o pecado de Sodoma é apresentado como sendo o sexo homossexual.
"O número da Besta: um estudo introdutório em Apocalipse 13.16-18" foi publicado pela Revista Teologia Brasileira em 2021.
Resumo:
A busca pela identificação da marca da Besta e pelo significado do seu número sempre foi uma constante na vida de muitos cristãos. Mas é possível identificar biblicamente esse personagem e esse número? Além disso, qual seria o verdadeiro número da Besta? Essa pergunta deve ser feita porque os manuscritos gregos do Novo Testamento apresentam variantes para esse número: 616; 646 e 665. Assim, qual desses números seria o número correto? Igualmente, podemos supor que a marca da Besta tem a ver com os microchips que estão sendo implantados em nossos dias?Essas e outras perguntas serão respondidas por este artigo.
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"Parábola" foi publicado pela Revista Teologia Brasileira em 2019.
Resumo:
Quase todos os livros sobre interpretação bíblica reservam um capítulo especial ao estudo da parábola. E não poderia ser diferente. O assunto é complexo, e por isso desde o século passado não param de aparecer teorias sobre o tema na academia. Reconhecidamente algumas dessas trouxeram informações importantes para o estudo e para a exegese das parábolas do Novo Testamento. Contudo não é da natureza deste trabalho repercutir todas as teorias escritas sobre parábola. O que se pretende aqui é tão somente apresentar de modo introdutório algumas teorias e perspectivas interessantes usadas no estudo desse tema.
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"Poesia hebraica bíblica: um estudo sobre esticometria, sonoridade e gramática" foi publicado pela Revista Teologia Brasileira em 2020.
Resumo:
Um dos primeiros tratados sistemáticos sobre a poesia hebraica bíblica foi preparado por Robert Lowth. Esse estudioso da Universidade de Oxford proferiu palestras memoráveis sobre esse tema. Sua “De Sacra Poesi Hebraeorum Praelectiones Academicae” apresentada em 1753 é uma referência no tratamento do assunto. A tese de Lowth era que o Antigo Testamento é literatura e desse modo requer o mesmo exame crítico e apreciação, tanto na forma, quanto na substância, como é exigido de qualquer outra literatura. Segundo George Buchanan Gray a contribuição do estudioso de Oxford sobre o assunto (poesia bíblica) foi dupla: “ele pela primeira vez analisou claramente e expôs a estrutura paralela da poesia hebraica, além disso, chamou a atenção para o fato da extensão da poesia no Antigo Testamento.
Depois de Lowth o interesse sobre esse assunto aumentou consideravelmente no meio acadêmico. Análises críticas de fulcro literário puderam ser realizadas em várias passagens do Antigo Testamento. Apesar disso, segundo Wilfred G. E. Watson, uma análise detalhada de todos os textos poéticos ainda não pode ser meticulosamente concluída. Mesmo assim é possível realizar um estudo minimamente proveitoso sobre os elementos gramaticais, rítmicos e esticométricos da poesia hebraica bíblica. Esta pesquisa buscará descrever as características principais desses elementos, com vistas a uma compreensão elementar do assunto.
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